domingo, 20 de outubro de 2013

A mão que nasceu menina
Na labuta aprende o medo
A corrente que prendeu
Rompe o dia e a nascente
Corrompe, carrega, corta
Não se vende e não entende
Mão talhada, descoberta
Já cansada se aconchega
No meu peio, no meu ventre
Transforma a calada em canção
Nas formas, nas cores e flores
Ousou sair pela palma
Ousou escorrer da boca
Ousou ter paixão e pão
Escolheu os calos cordados
Escolheu a tinta do barco
Tomou rumo, tomou tempo
As pontas juntas em punho
O vermelho vem de dentro

LMD

Porto Alegre
Setembro de 2013



Um comentário: